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Polícia flagra lavagem de dinheiro que movimenta R$ 108 milhões em um ano

O esquema de lavagem de dinheiro foi detectado em movimentações financeiras astronômicas feitas em diversas cidades da zona leste e norte

7 de março de 2024

Operação da Dise cumpriu 24 mandados de busca em cidades do Alto Tietê e na capital paulista — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Reportagem de: Vitor Gianluca

Em uma operação, a Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Mogi das Cruzes, identificou um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou mais de R$ 108 milhões em apenas um ano. Nesta quinta-feira, os agentes cumpriram 24 mandados de busca em diversas cidades, um homem foi preso por posse de arma de fogo de uso restrito.

A investigação aponta que o esquema seja organizado por uma célula do PCC, que atua na cidade de Itaquaquecetuba. A célula em questão estaria envolvida em crimes como o tráfico de drogas, roubo e extorsão.

O esquema de lavagem de dinheiro foi detectado em movimentações financeiras astronômicas feitas em adegas e mercadinhos de cidades como Itaquaquecetuba, Suzano, Poá, Arujá, dentre outros municípios e periferias da capital. Segundo o registro, os valores registrados no período de um ano, ultrapassam o valor total de R$ 108 milhões.

A polícia informou que foram identificados “fluxo inverso” dos valores, sendo repassados de empresas maiores para negócios de porte menor, onde foram identificadas seis pessoas físicas e oito empresas que faziam parte.

Fabrício Intelizano, delegado titular da Dise, em entrevista para a TV Diário, falou sobre o progresso da investigação e prisão dos suspeitos pelo esquema. “No final de semana do Dia dos Pais [13 de agosto], houve o sequestro de um jovem aqui na região e, a partir daí, começamos uma investigação. Nós efetuamos algumas prisões de sequestradores no mês de setembro. Em outubro, realizamos outras prisões de indivíduos que faziam parte desse mesmo grupo e no curso dessas investigações identificamos um indivíduo que seria líder da organização criminosa”, explica o delegado. 

Nos locais de busca e apreensão, a polícia encontrou documentos e eletrônicos que serão utilizados para as próximas fases de investigação. Além disso, o “QG” financeiro do grupo foi localizado em um conjunto de escritórios em Suzano. A investigação segue em curso e foi decretado o bloqueio de bens, móveis e imóveis dos investigados, bem como, o bloqueio de ativos nas instituições bancárias.

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