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Fé simples mantém a Festa do Divino rumo aos seus 412 anos de tradição

Fé e a devoção do povo pelo Espírito Santo é o que mantêm a Festa do Divino, que terminou neste domingo (19)

20 de maio de 2024

Fé e a devoção do povo pelo Espírito Santo é o que mantêm a Festa do Divino, que terminou neste domingo (19) | Natália Amschinger

Reportagem de: O Diário

A fé e a devoção do povo pelo Espírito Santo é o que mantêm a Festa do Divino, que terminou neste domingo (19), viva nos dias atuais. Essa é a percepção dos dois casais que estiveram à frente da Festa deste ano, Eduardo Ferreira Rego e Milena da Costa Freire Rego e os Capitães de Mastro Wagner Baptista Santos e Ludmyla de Oliveira Baptista, respectivamente, Festeiros e Capitães de Mastro. Agora, eles irão passar as suas Bandeiras aos casais que irão comandar a festividade religiosa e folclórica em 2025.

O anúncio dos nomes será feito no dia 30 de maio, quando se comemora Corpus Christi, em solenidade na Catedral de Sant´Ana, às 9 horas, presidida pelo Bispo Diocesano, Dom Pedro Luiz Stringhini.A Festeira Milena diz que é possível sempre fazer mais por Deus e explica.

“Basta que nos coloquemos a serviço, com o coração aberto, e sempre temos a capacidade de servir um pouco mais a Deus, ao irmão, e deixar de pensarmos em nós mesmos e poder pensar na coletividade. Esse é o aprendizado que fica.”. A fidelidade do devoto foi o que mais chamou a atenção de Milena.

“O devoto ao Divino Espírito Santo é muito fiel, com uma fé simples e sem muitos questionamentos. É essa fé forte que revigora a nossa fé. Quem mantém a Festa, quem mantém a tradição se chama Divino Espírito Santo. E quando Deus quer, não há quem não queira. Então essa Festa está de pé porque Deus quer, claro que há o trabalho dos devotos, voluntários, há um trabalho de intercessão por meio das orações, as rezadeiras, todos, mas se o Divino Espírito Santo não permitisse, esta Festa não teria 411 anos. Tudo pra Ele, por Ele e pelo bem Dele”, ressalta Milena.

Emocionada, a capitã de mastro Ludmyla fala sobre o que mais chamou a atenção dela nessa caminhada de um ano em que esteve à frente da Festa do Divino: “Essa fé simples do devoto. Muitas vezes esperamos grandes coisas, queremos fazer grandes esforços, e vemos que a fé do povo é tão simples. Essa simplicidade é o que fica de aprendizado.

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Essa fé avivada, tudo por amor e fé ao Espírito Santo. A Festa é feita de tradição, e hoje queremos modernizar tudo, mas ela é simples e estamos indo rumo aos 412 anos, guiados por essa força dos fiéis”. O marido dela, o capitão de mastro Wagner concorda com Ludmyla.

“A fé e a devoção do povo me mostrou que não precisamos de muito. Essa simplicidade me comprovou que não precisamos de muito, e é isso que mantém viva a Festa do Divino. Os devotos estão desde cedo, empunhando a sua Bandeira, já às 5 horas para a Alvorada e estão conosco o dia todo. Isso é muito lindo”.

Dever cumprido

Depois de preparar a Festa por um ano, o Festeiro Eduardo fala sobre a emoção de finalizar um evento que mexe tanto com a vida do povo mogiano.

“A sensação que fica é de ter termos feito um bom trabalho. Falo, também, em nome dos devotos, voluntários e pela equipe trabalhou conosco para que a Festa saísse tão linda, maravilhosa e grandiosa. É só agradecimento, tudo em honra e glória ao Divino Espírito Santo”.

Em 2022, Eduardo e a esposa, Milena, foram capitães de mastro. Na época, havia uma série de limitações, por causa da pandemia da Covid-19. Agora, ele fala do aprendizado que fica ao comandar a Festa do Divino em sua totalidade, algo que já ocorreu em 2023.

“É algo inexplicável. Existe um Eduardo antes e depois da Festa, e muito melhor do que há um ano, graças ao Divino Espírito Santo”, destaca o Festeiro, que já se coloca à disposição dos próximos casais que irão preparar a Festa do Divino 2025.

Festa do Divino 2025

Assim como o Carnaval e a Páscoa, Pentecostes é uma data móvel. Ela ocorre 50 dias depois da Páscoa, que será celebrada no dia 20 de abril de 2025. Por tanto, a Festa do Divino será realizada de 29 de maio a 8 de junho (Dia de Pentescostes).

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