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Perigo na estrada: moradores criticam falta de radar na Mogi-Salesópolis há 3 anos

A rodovia Professor Alfredo Rolim de Moura, a SP-88, conhecida como Mogi-Salesópolis, segue sem fiscalização eletrônica. Em paralelo, aumentam os números de acidentes fatais registradas na via. O imbróglio chega ao terceiro ano, acumula reclamações e não tem solução à vista.  Questionado sobre a volta dos radares, o Departamento de Estradas e Rodagem (DER) repete nota […]

18 de abril de 2023

Reportagem de: O Diário

A rodovia Professor Alfredo Rolim de Moura, a SP-88, conhecida como Mogi-Salesópolis, segue sem fiscalização eletrônica. Em paralelo, aumentam os números de acidentes fatais registradas na via. O imbróglio chega ao terceiro ano, acumula reclamações e não tem solução à vista. 

Questionado sobre a volta dos radares, o Departamento de Estradas e Rodagem (DER) repete nota já enviada no passado que diz que prepara licitação para instalação de novos radares nas rodovias estaduais, de acordo com os trâmites legais e prazos regimentais previstos. E novamente, não crava data para a retomada. 

Quando a pergunta foi refeita, o DER informou que “processos licitatórios preveem diversas etapas com prazos que podem ser alongados”.

Não há levantamento oficial, mas neste ano ao menos duas pessoas morreram em acidentes na via, além de outros casos com pessoas feridas. 

Em 2021 pelo menos 7 mortes ocorreram no acesso que interliga as cidades de Mogi das Cruzes, Biritiba Mirim e Salesópolis.

A falta dos equipamentos levanta debate entre a comunidade. 

“Sem o radar fica difícil a Mogi-Salesópolis. Os acidentes ocorrem pelo menos todo mês. A falta desse serviço causa muito transtorno para esse trecho do Cocuera até Biritiba Mirim”, destaca o morador do Cocuera, Ronaldo Leme. 

“Esse serviço tem que ser retomado o mais rápido possível”, acrescenta Leme.  “Tem que ter o radar. É super válido, principalmente na frente das escolas, onde está muito perigoso, conta Cassia Madalena, que mora em Biritiba Mirim e utiliza o acesso praticamente todas as semanas para vir para Mogi das Cruzes. 

“Há muitos acidentes todos os meses. Essa semana mesmo vi um caminhão que atravessou a rua”, comenta, preocupada. 

“Por conta de pessoas que não respeitam a velocidade acontecem os acidentes. Já vi várias pessoas fazendo ultrapassagens perigosas”, destaca ao dizer que espera que os equipamentos sejam reinstalados. 

Em maio do ano passado, chegou a ser informado de que no segundo semestre (daquele ano) os radares fixos deveriam voltar a essa e a outras rodovias paulistas. A resposta foi noticiada na matéria DER promete volta dos radares em estradas de Mogi no 2º semestre. 

Também ano retrasado, em julho, após uma série de reportagens sobre o excesso de acidente, em resposta a O Diário, o DER, órgão ligado à Secretaria de Estado de Transporte e Logística, confirmou que após o término do contrato com a empresa responsável pelo trecho, os radares foram desligados e removidos.

Os radares foram retirados em janeiro de 2021. 

“Vale ressaltar que a fiscalização de velocidade segue sendo realizada pela Polícia Militar Rodoviária, por meio dos radares portáteis, e que o respeito às leis, como dirigir dentro da velocidade determinada na via, é vital para um trânsito mais seguro”, acrescenta o DER em nota. 

Os acidentes na Mogi-Salesópolis e na Estrada das Varinhas (rodovia Engenheiro Cândido Rego Chaves) voltaram a ganhar destaque neste mês, após óbitos. Um motociclista morreu em um acidente com um caminhão, por volta das 11 horas do domingo (16). A morte foi constatado ainda no local. 

O acidente aconteceu na altura do km 82,150, no trecho de Salesópolis.

Ainda neste mês, no último dia 2, quatro pessoas ficaram feridas em um acidente que aconteceu no quilômetro 58 da  Mogi-Salesópolis. Um carro bateu em um poste. 

No dia 20 de fevereiro também foi registrado outro acidente, onde um motociciclista morreu. 

Como em outras vezes, a morte confirmada por integrantes do Samu na estrada que possui ainda maior movimento aos sábados e domingos. resultou da gravidade do impacto da moto com o automóvel.

O motorista do carro também sofreu traumatismo crânio-encefálico leve, um trauma de tórax e reclamava de dores na coxa esquerda. Mesmo usando cinto de segurança, ele teve de ser conduzido a um hospital para receber atendimento médico.

Os abusos na Mogi-Salesópolis acontecem no dia a dia e, principalmente, nos fins de semana, quando a estrada é muito utilizada por quem busca lazer. 

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