Diário Logo

Mogi tem 150 mil doses contra a Covid-19 em atraso

A diminuição das notificações de novos casos e de mortes por Covid-19 e o abrandamento dos sintomas e das internações são atribuídos por especialistas da área da Saúde ao avanço da vacinação contra a doença. Porém, apesar da ampliação da Pfizer Bivalente, que combate também a variante Ômicron do vírus, a novos grupos, cerca de […]

8 de abril de 2023

Reportagem de: O Diário

A diminuição das notificações de novos casos e de mortes por Covid-19 e o abrandamento dos sintomas e das internações são atribuídos por especialistas da área da Saúde ao avanço da vacinação contra a doença. Porém, apesar da ampliação da Pfizer Bivalente, que combate também a variante Ômicron do vírus, a novos grupos, cerca de 150 mil aplicações de reforço – terceira e quarta doses – ainda estão em atraso em Mogi das Cruzes.

Segundo levantamento da Secretaria Municipal de Saúde, 89.225 pessoas ainda não voltaram para receber a terceira dose do imunizante e 58.624 não tomaram a quarta dose na cidade. Os dados da pasta apontam ainda que a vacina bivalente chegou a 22.502 pessoas em Mogi, desde o início deste ciclo de imunização, em 27 de fevereiro, até esta quarta-feira (5). 

Na avaliação da enfermeira Lilian Peres Mendes, chefe da Vigilância Epidemiológica da Prefeitura de Mogi, a atual situação da pandemia na cidade mostra queda no número de casos positivos e, principalmente, de pacientes internados por Covid-19, mas a preocupação se mantém entre pessoas que apresentam doenças de base com maior risco de descompensação, como pacientes imunossuprimidos e com múltiplas comorbidades, idosos e gestantes. 

“Nestes casos, o Ministério da Saúde recomenda usar máscara de proteção facial, evitar locais com aglomeração e higienizarfrequentemente as mãos. Pacientes com sintomas respiratórios, como tosse, coriza e espirros, também devem manter o uso de máscara facial”, alerta Lilian.

A enfermeira aponta que a procura pela aplicação da bivalente, que registrou alta demanda logo após a abertura da agenda para o público-alvo, agora está baixa. “Hoje temos uma média de 150 mil doses de reforço em atraso. Algumas pessoas argumentam que já tomaram a primeira e segunda doses e não querem o reforço e outras dizem que conhecem pessoas que receberam a vacina e apresentaram reação ou, posteriormente, foram contaminadas pelo novo coronavírus, mesmo vacinadas. Mas é preciso lembrar que nenhuma vacina vai oferecer 100% de imunidade e que na imunização contra a Covid, assim como na da Influenza, o principal objetivo é diminuir em mais de 90% as complicações, internações e óbitos, o que tem acontecido”, explica.

Ela também considera que a imunidade vai diminuindo após um período da aplicação da vacina. “Isso acontece gradativamente, mais rápido para alguns e mais lentamente para outros, por isso é importante tomar as doses de reforço, para dar um alerta ao sistema imunológico e ele voltar a responder mais rápido. Além disso, o vírus sofre mutações, mas mesmo que a pessoa tenha sido infectada com uma cepa diferente, o fato de estar vacinada reduz as chances de complicações”, enfatiza Lilian.

Comorbidades exigem mais atenção

A prevenção contra a Covid para pessoas com comorbidades ainda é a grande preocupação dos profissionais de Saúde, já que elas apresentam maior risco de complicações causadas pela infecção pelo novo coronavírus. Por isso, alerta a enfermeira Lilian Peres Mendes, chefe da Vigilância Epidemiológica Municipal, principalmente nestes casos, é muito importante cumprir corretamente o calendário de imunização. 
“A vacina não tem contraindicações e sempre vai priorizar estes grupos, assim como os idosos e gestantes. Hoje, os poucos casos que ainda temos de internações e óbitos por Covid, na maioria dos registros, estão relacionados a pessoas com comorbidades ou condições diferenciadas de resposta do organismo”, considera a profissional.

A enfermeira também relata que houve diversos questionamentos em relação a eventos adversos que poderiam ser causados pela vacina bivalente, mas, assim como os demais imunizantes, o esperado são reações como febre, mal-estar e dor no local da aplicação, que pode durar um ou dois dias. 

“Os serviços de saúde estão orientados a notificar todos os casos de reação vacinal e, desde que a bivalente começou a ser aplicada, não tivemos nada além do esperado e não recebemos notificação de reação grave ou de situação diferente do habitual”, explica.

Bivalente

A partir desta semana, pessoas entre 12 e 59 anos com comorbidades começaram a receber a Pfizer bivalente, atendendo a recomendação do Ministério da Saúde para quem já tomou ao menos duas doses de vacinas monovalentes como esquema primário. O imunizante também é disponibilizado a trabalhadores da Saúde e demais grupos anteriormente contemplados (idosos, gestantes e puérperas), que devem fazer o agendamento pelo www.cliquevacina.com.br .

Veja Também