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Fotógrafo mogiano mudou de vida depois de registrar Silvio Santos e filha pós-sequestro

Gatti havia acabado de chegar à capital paulista para trabalhar como fotógrafo em uma revista e, logo em seguida, foi escalado para fazer plantão em frente à casa de Silvio Santos

18 de agosto de 2024

Fotógrafo havia acabado de chegar a São Paulo e foi escalado para o plantão único | Cláudio Gatti

Reportagem de: Fabio Pereira

O sequestro de Patrícia Abravanel, uma das seis filhas de Silvio Santos, marcou profundamente a vida do fotógrafo mogiano Cláudio Gatti, transformando sua carreira após registrar o episódio. As memórias desse evento e o impacto na trajetória do profissional de Mogi das Cruzes ganham ainda mais relevância com o recente falecimento do apresentador, ocorrido na manhã de ontem (17/8) no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, em decorrência de uma broncopneumonia após contrair o vírus Influenza (H1N1).

Em 2001, Cláudio Gatti, aos 28 anos, buscava um novo recomeço no mercado de trabalho após ter cursado engenharia e matemática no Centro Universitário Braz Cubas (UBC). No entanto, decidiu mudar de rumo, migrando para a cidade de São Paulo, onde começou a estudar fotografia no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), na Lapa, bairro situado na zona oeste do município.

Na época, Gatti havia acabado de chegar à capital paulista para trabalhar como fotógrafo em uma revista e, logo em seguida, foi escalado para fazer plantão em frente à casa de Silvio Santos. Em agosto daquele ano, Patrícia, a segunda filha do então dono do SBT, foi sequestrada e mantida refém durante sete dias. Ela foi libertada após longas negociações e o pagamento de R$ 500 mil ao sequestrador.

“Saí de Mogi com quatro miojos e duas pedras de sabão. Eu estava na redação, recém-chegado, e sentia que precisava mostrar por que fui contratado. As condições da revista não eram muito favoráveis, e fiquei quase uma semana cobrindo o sequestro em plantão único. O local estava cheio de jornalistas e também havia cobertura internacional. Essa foto, em especial, foi um divisor de águas na minha vida”, relembrou.

Depois de obter o material, Gatti retornou à redação e conseguiu sua primeira capa, um marco que lhe trouxe grande respeito e credibilidade. A partir desse episódio, sua carreira decolou e, ao longo dos anos, ele passou a realizar trabalhos de destaque em nível nacional. As habilidades do mogiano foram reconhecidas internacionalmente, com suas obras sendo exibidas em prestigiados locais como o Museu do Louvre, em Paris, e em Veneza, na Itália.

Livro

Gatti foi convidado a participar de um projeto durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), cujo tema era registrar executivos brasileiros no contexto da pandemia e do home office. O projeto resultou em um livro que será lançado em janeiro de 2025, com apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (8323/91), a Lei Rouanet. Ao todo, serão produzidas mil cópias dessa obra, que promete evidenciar registros da adaptação dos profissionais em tempos de crise. Mais informações devem ser divulgadas em breve.

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