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Influenciador de Mogi é alvo de ataque racista após publicar vídeo em rede social: “Isso dói muito”

Após a publicação do vídeo sobre religião, a vítima recebeu um comentário ofensivo de cunho racista, dizendo que “macaco não olha o próprio rabo”

10 de maio de 2025

Essa não é a primeira vez que Kleber enfrenta esse tipo de violência | Foto: Reprodução

Reportagem de: Ana Lívia Terribille

O influenciador Kleber Martins, de 24 anos, morador de Mogi das Cruzes, voltou a ser alvo de ataques racistas. Após publicar um vídeo sobre religião em suas redes sociais — que já ultrapassa 3 milhões de visualizações — ele recebeu um comentário ofensivo: “macaco não olha o próprio rabo”.

“Nunca fui de olhar os comentários de haters, mas esse me chamou a atenção. Isso mostra o quanto precisamos combater o racismo”, afirmou o influenciador. Em desabafo, ele acrescentou que “pessoas pretas sangram, sentem dor, ficam chateadas e que são gente como qualquer outra.”

A vítima relatou ainda que não chegou a denunciar, pois considera muito difícil identificar quem se esconde por trás da internet. “Mas, se continuar, irei denunciar”, afirmou. Ele contou que, por enquanto, conseguiu derrubar o perfil responsável pelo comentário.

Racismo em supermercado

Essa não é a primeira vez que Kleber enfrenta esse tipo de violência. Em agosto do ano passado, ele foi vítima de racismo em um supermercado no distrito de César de Souza, também em Mogi das Cruzes. Na ocasião, dois funcionários entraram no banheiro onde ele estava e disseram em tom de deboche: “aqui só entra macaco”. Ao perceberem a presença do influenciador, mudaram a frase, dizendo: “aqui só entra macaco albino”.

Kleber contou que o caso aconteceu por volta das 21h30, num sábado, quando estava com a esposa e precisou usar o banheiro do supermercado. Ele usava roupas brancas, em referência à sua religião de matriz africana, o que, segundo ele, pode ter motivado os comentários.

“Quando isso acontece, dói muito. A gente, que é preto, vive isso todos os dias — nos olhares, nos julgamentos. As pessoas precisam entender que somos todos iguais”, desabafou.

Na época, a empresa afirmou que recebeu o relato com seriedade e não tolera discriminação ou piadas de mau gosto em suas unidades. O funcionário envolvido foi desligado do comércio.

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