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Justiça condena quatro pessoas pelo desaparecimento de Nataly Lily em Mogi das Cruzes

As penas dos réus variam de 20 a 27 anos de prisão em regime fechado

6 de dezembro de 2024

Nataly Lily residia em Jundiapeba, distrito de Mogi das Cruzes, era transexual e tinha 23 anos, quando foi assassinada | Reprodução/Facebook.

Reportagem de: Vitor Gianluca

Na madrugada desta sexta-feira (6/12), foram sentenciados os quatro réus do desaparecimento da jovem trans Nataly Lily, de 23 anos, em dezembro de 2020, em Mogi das Cruzes. As sentenças foram dadas em júri popular, realizado no Fórum Criminal de Brás Cubas, em Mogi, iniciado na manhã desta quinta-feira (5/12).

Desaparecida no dia 12 de dezembro de 2020, Nataly e uma amiga foram contratadas por um casal para um programa sexual. Elas foram levadas até um sítio próximo à Avenida das Orquídeas, entre Mogi das Cruzes e Suzano, onde o crime aconteceu.

De acordo com o delegado titular do Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) de Mogi das Cruzes, Rubens José Angelo, o motivo do crime teria sido por “vingança” e foi arquitetado após um desentendimento entre Nataly Lily e o irmão de Vanessa Silva.

As penas dos réus variam de 20 a 27 anos de prisão em regime fechado. As menores penas foram proferidas a Carlos Renato Rodrigues Silva, condenado a 20 anos e 10 dias; e, Vanessa Silva Vieira, condenada a 20 anos e 10 dias. Danilo Nascimento Batista foi condenado a 27 anos, 10 meses e 25 dias de prisão, enquanto Cleiton Rodrigues Silva foi condenado a 23 anos, 2 meses e 12 dias.

O caso

Nataly Lily residia em Jundiapeba, distrito de Mogi das Cruzes, era transexual e tinha 23 anos, quando foi assassinada, no dia 12 de dezembro de 2020. Ela e uma amiga foram contratadas por um casal para um programa sexual e foram levadas até um sítio próximo à Avenida das Orquídeas, entre Mogi das Cruzes e Suzano.

De acordo com o delegado titular do Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) de Mogi das Cruzes, Rubens José Angelo, o motivo do crime teria sido por “vingança” e foi arquitetado após um desentendimento entre Nataly e o irmão de Vanessa Silva. Nataly era garota de programa e teria atendido o irmão de Vanessa, que é deficiente auditivo. O homem não teria efetuado o pagamento e, por isso, a vítima o agrediu. Ao saber do ocorrido, Vanessa teria começado a planejar a morte da transexual.

Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) de Mogi das Cruzes | Vitor Gianluca.
Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) de Mogi das Cruzes | Vitor Gianluca.

Acompanhada por Danilo, Vanessa teria ido até o ponto em que Nataly atuava, fingindo buscar por um programa para o casal. Com eles e mais uma amiga – também transexual – a vítima entrou no carro e foi para um “sítio”, onde achou que realizaria o programa. Entretanto, Caio Cleiton e Carlos Renato estavam no local, estando um deles com uma arma.

A amiga de Nataly foi baleada e caiu desacordada no chão e, na sequência, Nataly também recebeu os disparos. Quando a amiga retomou a consciência, foi embora em busca de ajuda, mas Nataly já não estava por lá. A suspeita é de que ela tenha sido assassinada e que o corpo tenha sido levado para ser enterrado em outro local. O corpo dela ainda não foi encontrado.

O SHPP prendeu Danilo Nascimento Batista, o Cocão, preso no início de 2023. Posteriormente, prendeu também Carlos Renato Rodrigues Silva, conhecido como Gó, e Vanessa Silva Vieira, no dia 29 de março de 2023. E por último, Caio Cleiton Rodrigues Silva, detido na noite do dia 30 de março de 2023.

Todos eles tiveram a prisão temporária decretada em 2021, mas estavam foragidos e chegaram e morar em estados como Pernambuco, Santa Catarina e Rio de Janeiro. Eles respondem pelos crimes de homicídio, tentativa de homicídio qualificado, e sequestro consumado.

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