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Em 3 meses, CPTM sofre com falhas elétricas e superlotações nas Linhas 11-Coral e 12-Safira

Passageiros enfrentam superlotação, falhas elétricas e atrasos frequentes, impactando a mobilidade diária e, em alguns casos, atrasando seus compromissos

28 de junho de 2024

Trem da Linha 11-Coral | Divulgação CPTM

Reportagem de: Fabio Pereira

Os passageiros das Linhas 11-Coral e 12-Safira da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) têm enfrentado uma série de problemas relacionados ao transporte ferroviário nos últimos três meses de 2024. Entre as reclamações mais citadas, estão superlotações constantes em horários de pico, falhas de energia em estações e, até mesmo, um caso em que o trem parou no meio do caminho, fazendo com que os usuários completassem o trajeto a pé pela via. 

Neste último caso, ocorrido em março, por exemplo, um dos trens que operam sentido no Estudantes/Luz, parou entre as estações Brás e Luz. À época, a companhia informou que a circulação foi afetada devido à falha na rede elétrica da Linha 11-Coral, causada por um ato de vandalismo em que um cabo acabou sendo rompido. 

A passageira Maria Aparecida Illuminati estava utilizando o serviço na ocasião. Ficamos meia hora no trem, até o pessoal estourar o alarme para abrir as portas. Ninguém da CPTM veio nos dar apoio”, observa. 

Outro caso relacionado aos problemas na rede de energia, também em março, na Linha 11-Coral, fez com que os trens operassem em velocidade reduzida. Assim como em outros casos, a situação gerou uma superlotação na plataforma, mas, desta vez, na estação Poá. As pessoas buscaram meios alternativos de transporte e, para isso, a CPTM solicitou o suporte de ônibus do Sistema Paese e reforçou a circulação. 

Passageiros esperam a chegada do trem na Estação Poá da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) | Ana Lívia Terribille – O Diário

Superlotação

As superlotações nos trens que atendem às Linhas 11-Coral e 12-Safira, por sua vez, têm se tornado mais frequentes, principalmente por volta das 18 horas, horário que muitos usuários estão voltando dos seus locais de trabalho. Nestes casos, os passageiros enfrentam vagões lotados, dificuldade para encontrar espaços e, principalmente, condições desconfortáveis de viagem.

O problema em questão foi ocasionado devido à manutenção executada na falha do sistema de energia da subestação de Braz Cubas, que ocorreu em abril. Com a manutenção feita, a companhia pôde solucionar um problema que muitos mogianos trouxeram à tona: o fim da baldeação em Suzano.

A partir da melhoria, entre segunda e sexta-feira, nos horários de pico (das 5h30 às 9 horas e das 16 às 20 horas), os trens que saem da Estação Luz terão como destino a Estação Guaianases (loop interno) e a Estação Estudantes (loop externo), com intervalos médios de 3,5 e 7 minutos, respectivamente. Já no sentido oposto, que possibilita aos mogianos acesso à capital paulista, também haverá trens que partem da Estação Estudantes e seguem até a Estação Luz.  

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Contudo, apesar de facilitar a vida daqueles que utilizam o transporte público ferroviário na região, havia sido prometida pela empresa em 8 de abril, porém, foi adiada duas vezes, o que gerou uma demora de 55 dias para melhoria ser implementada. 

Casos recentes

Outra falha elétrica na rede aérea da Linha 12-Safira voltou a acontecer em 19 de junho, por volta das 17 horas – horário de maior concentração de pessoas utilizando os trens –, gerando uma aglomeração de passageiros na plataforma da Estação Calmon Viana, em Poá. Os usuários foram orientados a seguir viagem pela Linha 3-Vermelha do Metrô e pela Linha 11-Coral.

De acordo com a estudante Giovanna Coqueiro, de 20 anos, que passava pelo local no momento da aglomeração, não havia espaço necessário para sair do trem. 

“A estação estava muito cheia, não havia espaço para sair da plataforma. Por isso, o pessoal está ficando na escada mesmo, já que não tem como subir. Consegui sair, mas vi que muitas pessoas estavam solicitando carros por meio de aplicativos de transporte particular. Perguntei aos funcionários o que aconteceu e fui informada que não há previsão para estabelecerem normalidade”, afirmou a jovem. 

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