Indiciado pela PF, Valdemar Costa Neto fica de fora de denúncia da PGR
Além do presidente do PL, outras nove pessoas que foram apontadas pela PF por envolvimento na tentativa de golpe de estado escaparam da denúncia; quatro novos nomes integram o documento

Valdemar Costa Neto | Divulgação
Reportagem de: Fabricio Mello
O mogiano e presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, ficou de fora da denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR) na noite de ontem (18). Além de Costa Neto, outras noves pessoas que haviam sido indiciadas pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado não aparecem no novo documento.
Entretanto, a PGR denunciou quatro pessoas que não apareciam no inquérito, são eles:
- o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Fernando de Sousa Oliveira;
- o coronel do Exército, Márcio Nunes de Resende Júnior;
- a ex-diretora de inteligência do Ministério da Justiça, Marília Ferreira de Alencar;
- e o ex-diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Silvinei Vasques.
Tanto o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, quanto o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro estavam na lista de indiciados divulgada pela Polícia Federal. Ao todo, 37 nomes compunham a lista de indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
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À época do indiciamento da PF, Costa Neto não chegou a se manifestar publicamente. Entretanto, pelas redes sociais, o PL compartilhou uma nota dizendo que a ação era parte de uma narrativa para perseguir politicamente Bolsonaro e seus aliados.
Na denúncia da PGR, contudo, apenas a menção a Bolsonaro foi mantida. Junto do ex-presidente, outras 33 pessoas são acusadas da tentativa de golpe que culminou, entre outras coisas, nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
Ainda segundo o documento da PGR, Bolsonaro tinha conhecimento e aprovou o plano que tinha como objetivo matar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
O Diário procurou a assessoria de Valdemar Costa Neto para uma nova manifestação sobre o tema e aguarda o retorno. A matéria será atualizada assim que os questionamentos da reportagem forem retornados.