5 dicas para promover uma volta às aulas mais inclusiva
É essencial considerar as particularidades de cada estudante na volta às aulas

Reportagem de: Edicase Conteúdo
O início do ano letivo é um momento de novas expectativas e desafios para alunos, pais e professores. Quando se trata de crianças com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou altas habilidades, essa fase de volta às aulas pode demandar um olhar mais atento e estratégias inclusivas para garantir uma adaptação saudável e produtiva.
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Gabriel Frozi, CEO da escola Rio Christian School, destaca que é essencial considerar as particularidades de cada estudante. “Uma família unida, aliada a uma escola competente e participativa, é fundamental para que o aluno se desenvolva efetivamente, superando as dificuldades do TDAH […]”, afirma.
Importância de um ambiente acolhedor
Conforme os dados da Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), a prevalência global do transtorno varia entre 5% e 8%. Já 3% a 5% das crianças de todo o mundo têm TDAH. Dessa maneira, muitos jovens podem enfrentar desafios de atenção e hiperatividade na escola. Para essas crianças, a comunicação afetiva, o planejamento personalizado e o suporte adequado são fundamentais.
Roberta Cassará Scalzaretto, especialista em formação de professores, reforça a necessidade de criar um ambiente escolar acolhedor desde o início do ano letivo. “Ao valorizar a individualidade de cada aluno e organizar a sala de aula com funcionalidade, promovemos a integração e o bem-estar, que são essenciais para um aprendizado significativo”, explica.
Ela sugere práticas como o uso de atividades interativas e rodas de conversa para conhecer melhor os alunos. “O professor que entende as necessidades emocionais e sociais de cada criança está mais preparado para oferecer um ensino adaptado e inclusivo”, afirma a especialista.

Educação inclusiva: um propósito transformador
O psicólogo Damião Silva, especialista em educação inclusiva, trabalha com crianças com altas habilidades e TEA. Ele ressalta que a volta às aulas é uma oportunidade para reforçar a importância da diversidade. “Cada criança possui um potencial único. Nosso papel, como educadores e psicólogos, é ajudá-las a enxergar isso e a superar desafios que muitas vezes estão além da sala de aula”, explica.
Conforme o profissional, o suporte emocional é tão essencial quanto o apoio pedagógico. “É imprescindível estabelecer uma rede de apoio integrada, envolvendo pais, professores e especialistas, para promover um desenvolvimento global da criança. Essa abordagem colaborativa é a verdadeira chave para transformar o processo educacional e garantir a inclusão”, ressalta.
Volta às aulas inclusiva
Abaixo, confira algumas dicas para ajudar a promover uma volta às aulas mais inclusiva para as crianças!
1. Valorize a individualidade
Conheça as necessidades e características de cada aluno. Planeje atividades que respeitem os diferentes ritmos e estilos de aprendizagem.
2. Organize o espaço com acessibilidade
Crie ambientes funcionais e acolhedores, com áreas específicas para atividades diversas, permitindo que todos os alunos se sintam confortáveis e incluídos.

3. Priorize a comunicação afetiva
Converse com os alunos sobre suas expectativas e sentimentos. Demonstre empatia e esteja aberto a ouvir.
4. Promova atividades colaborativas
Planeje dinâmicas e projetos que incentivem a interação entre os alunos, garantindo que todos participem de forma ativa e respeitosa.
5. Envolva a família
Mantenha os pais informados sobre o progresso dos alunos e promova uma comunicação constante. Essa parceria fortalece o processo de adaptação e aprendizagem.
A volta às aulas, além de ser um momento de recomeço, é uma oportunidade para a escola reafirmar seu compromisso com a inclusão e o desenvolvimento integral de todas as crianças. Com um planejamento cuidadoso e uma abordagem acolhedora, é possível transformar desafios em conquistas e criar um ambiente escolar onde todos se sintam respeitados e valorizados.
Por Sarah Monteiro