Com Leucemia Mieloide Aguda, família de Suzano busca doador de medula óssea para bebê de 1 ano
Segundo a mãe da criança, ele será cadastrado no banco de dados para receber doadores a partir desta segunda-feira (1°)
Pedro Bin Oliveira foi internado no dia 17 de janeiro e permanece no Hospital Salvalus Mooca | Reprodução
Reportagem de: Ana Lívia Terribille
Ao ser diagnosticado com Leucemia Mieloide Aguda (LMA), responsável por afetar o sangue, Pedro Bin Oliveira, um bebê de um ano, morador de Suzano, região Metropolitana de São Paulo, entrará na fila por um doador de medula óssea nesta segunda-feira (1°). Ele foi internado no dia 17 de janeiro e permanece no Hospital Salvalus Mooca.
Segundo a mãe de Pedro, Danielle Bin, ele será cadastrado no banco de dados nesta segunda-feira (1°). “A Dra. está finalizando o cadastro, então a partir desta data ele já estará incluso.” A esperança da família é encontrar agora um doador 100% compatível para que a criança possa se curar de forma mais rápida.
“Eu acredito que iremos conseguir, estou muito esperançosa”, relata Danielle. Ela também menciona que ela, o pai da criança e sua filha mais velha realizaram o teste de compatibilidade, mas que ainda não foi concluído. “Realizamos o exame, mas a médica já nos informou que as chances de sermos compatíveis são baixas, sendo mais fácil encontrar um doador pelo banco de dados do que dentro da própria família.”
A mãe de Pedro ressalta que, durante todo esse tempo em que ele está internado, já recebeu muitas bolsas de sangue e plaquetas. “Nossa confiança está em Deus e estamos torcendo para que cada vez mais pessoas se cadastrem, pois isso aumenta as chances dele.”
Descoberta da doença e tratamento
Em entrevista à equipe do O Diário, Danielle Bin conta como foi a descoberta do diagnóstico de Pedro. “Foi um susto muito grande quando descobrimos o diagnóstico, pois foi tudo muito rápido e repentino. Ele sempre teve uma saúde muito boa, mas em dezembro, percebemos que ele começou a ficar doente com muita frequência.”
Segundo a mãe, a primeira suspeita foi de uma sinusite, visto que Pedro apresentava os sintomas iniciais da doença que afeta as vias nasais. “Estranhávamos porque todas as noites ele tinha febre, e isso nos alertou. Procuramos um otorrinolaringologista e o médico nos encaminhou para um hospital para realizar uma tomografia.”
“Fomos ao Hospital de Guarulhos e começaram a investigação. Ficamos 09 dias na UTI, pois a tomografia revelou várias tumorações na região da cabeça e depois descobrimos que essas tumorações apareceram devido à leucemia. Porém, demorou a constatar o hemograma alterado”, diz Danielle.
A família também relata que Pedro foi transferido para o Hospital Salvalus, onde o diagnóstico foi confirmado, e estão lá desde então. “A leucemia de Pedro é comum em adultos, mas em crianças ela se torna rara, colocando-o em alto risco”, destaca.
Por fim, Danielle ressalta que “o que mais deseja é conscientizar as pessoas a se cadastrarem, para salvar não só a vida de seu filho, mas também de outras crianças.”
Como doar
De acordo com o Hemosul, pessoas entre 18 e 35 anos, que estejam com boa saúde, podem doar medula óssea. São retirados 5 ml de sangue, como em um exame de laboratório, e o doador é cadastrado no REDOME – Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea do INCA – Instituto Nacional do Câncer. Seus dados genéticos são cruzados com os dos pacientes que precisam da medula. Se houver compatibilidade genética através do exame HLA, a doação pode ser realizada.
Para aqueles que já foram doadores de medula óssea, devem atualizar seus dados para que o cadastro seja localizado, através do site do REDOME (Instituto Nacional de Câncer).