Entenda as mudanças na Linha 11-Coral após a assinatura do contrato de concessão
A partir da assinatura do contrato, de acordo com o governo estadual, inicia-se um prazo de 60 dias até a data de eficácia, momento em que efeitos jurídicos e operacionais passam a ser produzidos
23/05/2025 16h30, Atualizado há 3 meses

Linha 11-Coral | Divulgação/SPI
A assinatura do contrato de concessão patrocinada da Linha 11-Coral da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) com a empresa Trivia Trens, do Grupo Comporte, foi oficialmente efetivada nesta quinta-feira (22/5) pelo Governo do Estado de São Paulo.
Mas, afinal, quais mudanças estão previstas e quais serão os próximos passos no plano de modernização do transporte metropolitano paulista? O Diário traz, nesta matéria, detalhes do que irá acontecer nos próximos dias (leia mais abaixo).
A partir da assinatura do contrato, de acordo com o governo estadual, inicia-se um prazo de 60 dias até a data de eficácia, momento em que efeitos jurídicos e operacionais passam a ser produzidos.
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A partir desta data, tem início a fase pré-operacional, com duração de 12 meses, dedicada a treinamentos, adaptação tecnológica progressiva da operação da Linha 11-Coral, garantindo a transferência de responsabilidades entre a CPTM e a nova concessionária.
Nesta fase, também são realizados estudos voltados à resiliência climática e à mitigação de riscos relacionados a eventos extremos, com foco na segurança do sistema.
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Concluída a fase pré-operacional, começa a fase operacional, que se estende até o fim da concessão. Ela é composta, inicialmente, por um período de 12 meses de operação assistida, durante o qual a CPTM acompanha e supervisiona a atuação da concessionária.
Após esse período, tem início a operação comercial plena, quando a CPTM deixa de prestar assistência direta e a concessionária assume integralmente a gestão do sistema. A fiscalização do contrato ficará a cargo da Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp).
Linha 11-Coral
O contrato de concessão deverá garantir, aos passageiros, viagens a cada seis minutos no trecho entre a Estação Suzano e a futura Estação César de Souza, em Mogi das Cruzes, de acordo com o Governo do Estado de São Paulo.
Levar o trem ao distrito de César de Souza, por exemplo, é uma reivindicação antiga dos mogianos, que atualmente precisam utilizar duas conduções para chegar à cidade de São Paulo. A extensão da Linha 11-Coral até a região será de 4,4 quilômetros e representará um investimento de R$ 566 milhões, com a implantação de uma nova estação a 30 metros da avenida Ricieri José Marcatto.
As obras, que têm a conclusão prevista para ano de 2032, devem implementar um espaço com elevadores e escadas rolantes fixas nos acessos à Estação, bicicletário, além de um prédio anexo onde serão instaladas salas técnicas para operação.
Linha 12-Safira
Atualmente, na Linha 12-Safira, o intervalo entre os trens é de cinco minutos entre Brás e Itaquaquecetuba e 10 minutos entre Itaquaquecetuba e Calmon Viana. Com a concessão, o intervalo entre Brás e Itaquaquecetuba será reduzido para 3 minutos e 15 segundos, enquanto entre Itaquaquecetuba e Suzano, será de 6,5 minutos.
Linha 13-Jade
Na Linha 13-Jade, o intervalo entre os trens será diminuído para 10 minutos, sendo que atualmente é de 15 minutos. A linha será estendida em ambos os sentidos, conectando Gabriela Mistral a Bonsucesso. O Expresso Aeroporto terá seu intervalo reduzido para 30 minutos, com viagens a cada meia hora entre Palmeiras-Barra Funda e Aeroporto-Guarulhos no horário de vale e a cada uma hora no horário de pico.
Além disso, o Expresso contará com uma nova parada na futura estação Gabriela Mistral, oferecendo integração com as linhas 2-Verde do metrô e 12-Safira dos trens urbanos. A concessão do Lote Alto Tietê prevê investimentos de R$ 14,3 bilhões, trazendo melhorias para a população e a extensão de 25,7 km de novos trilhos. Juntas, as três linhas deverão transportar, em média, 1,3 milhão de passageiros por dia nos dias úteis até 2040.