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Combate à dengue: infectologista fala sobre como enfrentar a epidemia

O médico explica que durante essa fase é importante que as pessoas evitem a exposição ao mosquito, utilizando repelentes e vestimentas longas

6 de março de 2024

Dados são do Painel de Monitoramento da Divisão de Dengue, Chikungunya e Zika do Estado de São Paulo | Prefeitura de Avaré

Reportagem de: Ana Lívia Terribille

Com a alta nos casos de dengue, a cidade vem enfrentando uma epidemia da doença. Na manhã de ontem (05), São Paulo decretou estado de emergência, já que houve a confirmação de 311 casos por 100 mil habitantes.

Pensando nisso, a equipe do O Diário entrevistou o infectologista e diretor médico da Hilab, especialista em análises clínicas, o Dr. Bernardo Almeida, para esclarecer melhor sobre sintomas, métodos de prevenção e tratamento.

Segundo o especialista, o principal sintoma associado à dengue é a febre. “Além da febre, há também outros sintomas sistêmicos, como dor muscular, fadiga, dor no corpo, dor de cabeça, aquela com uma característica mais marcante, que é a dor atrás dos olhos e manchas na pele.” Ele afirma ainda que esses são os principais sintomas associados à dengue e que no contexto epidemiológico atual, eles devem ser considerados.

Já para diferenciar de outras doenças, o especialista diz que a presença de sintomas respiratórios não é comum na dengue, devendo-se considerar outras infecções. “Por exemplo, a influenza, Covid-19, que também estão circulando no Brasil, com aumento na incidência da doença, além de outros vírus que podem causar um resfriado.”

O Dr. explica ainda que, durante essa fase, é importante que as pessoas evitem a exposição ao mosquito, utilizando repelentes e vestimentas longas, que inibem o contato da pele com o vetor. Além disso, é importante manter os cuidados nos arredores, evitando a evolução da larva para a fase adulta, que demora em torno de sete dias. Todos os acumuladores de água devem ser reavaliados, segundo o especialista.

Ele conta também sobre a descoberta da doença e quais são os tratamentos recomendados. “O exame diagnóstico disponível para a população na fase aguda é o teste NS1, baseado na coleta de sangue, possível de ser feito pela punção do dedo, que detecta a doença entre 0 a 5 dias.”

“Esse teste está disponível em farmácias, hospitais da rede pública e laboratórios”, complementa. Pode ser realizado ainda hemogramas, que distinguem o paciente grave do leve.

Ele, por fim, ressalta a importância da vigilância epidemiológica no combate à dengue. “O monitoramento precisa estar estruturado para receber os pacientes que apresentarem a doença. Essa é uma forma de direcionar cada vez melhor a população.”

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